246º aniversário da morte de Nicolau Nasoni

A relação de Nicolau Nasoni com a Irmandade dos Clérigos iniciou-se em 1731, quando esta era presidida pelo Deão D. Jerónimo de Távora Noronha Leme e Cernache, padrinho do primeiro filho de Nasoni, e que se assumiu como seu mecenas em Portugal.

O projeto de 1731 para a Igreja dos Clérigos, é o mais antigo que se conhece de Nicolau Nasoni como arquiteto, sem dúvida, a obra mais representativa do seu génio artístico. Aqui trabalhou empenhadamente e graciosamente, de tal modo, que a Irmandade reconheceu essa dedicação, e admitiu-o como irmão leigo a 18 de maio de 1743.

Quando em 1763 a Torre ficou concluída, foi considerada à época, a mais alta torre de Portugal, e a última grande obra daquele que é considerado o arquiteto do Porto.

Nicolau Nasoni morreu a 30 de agosto de 1773, dez anos depois da construção de tão admirável obra, hoje, o ex-libris da cidade. Tinha 82 anos.

No livro de Entradas e Óbitos dos Irmãos encontramos este registo:

«Aos trinta dias do mês de agosto de mil setecentos e setenta e três anos faleceu da vida com todos os sacramentos nosso irmão D. Nicolau Nasoni morador na Viela do Pai Ambrósio, freguesia de Santo Ildefonso e foi seputado nesta igreja sendo assitido pela Irmandade como pobre e se lhe fizeram os três ofícios como também o da sepultura»[1].

A Irmandade dos Clérigos foi primorosa nas cerimónias fúnebres do seu arquiteto. Nicolau Nasoni levou vestido um hábito franciscano, e foi acompanhado até à sepultura não só pelos Clérigos, mas também pela comunidade franciscana do Porto e pelo coro da Sé.

 

 

[1] PT ICPRT IC/A/004/0002, Livro das Entradas e Óbitos dos Irmãos, (1759-12-27 a 1870-06-02). (Produção), fl. 268

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